É natural que cada um siga seu rumo. Mude de cidade, de profissão, e alguns, hoje em dia, até de sexo. Mas não me conformo com a ausência total de algumas pessoas que são parte do que eu sou hoje: meus amigos.
Quase sempre me vem um aperto no coração quando eu vejo uma cena que me remete ao passado, quando alguém me pergunta pela aquela grande amiga minha, qual? Onde está ela? O que ela faz? Casou? Separou? Tem filhos? Num sei... Estou alheia a algumas pessoas. Acho que pelo corre-corre, pela vida excessivamente virtual de hoje, ou por apenas não fazer mais parte do ciclo.
Eu tenho facilidade natural de me relacionar, mas gosto de agregar e não colocar um no lugar que era do outro. Tirei do meu vocabulário: "minha melhor amiga", porque isso fere muito. Se alguém no mundo vai te desprezar quando você menos espera, é o dono ou dona desse título. Por isso, tenho um monte, porque poucos vão sobrar lá no final quando eu vou deixar de ser a Gy pra ser a Dona Gyselle, vó, bisavó, sei lá.
Parece conversa de gente recalcada, mas não é. É só um desabafo de alguém que ama muito e tem muita saudade das risadas, dos choros, das aventuras, dos desesperos, enfim, da cumplicidade que só a amizade implica.
Só sei que com esse meu instinto maternal tão aflorado estou aqui. Doida pra conversar até 7hs da manhã como a gente fazia antes, ir ao shopping, orar juntas, em suma, coisas que amigas fazem. Mesmo em meio a essa falta de notícias, digo de coração que oro por vocês e que quero o melhor de Deus pra vocês minhas amigas de ontem, de hoje e de sempre!